ANJOS EM AÇÃO TERCEIRA ESTORIA



Anjos em ação III
O índice de maldade




Parte 1
Bebendo com a besta 1

(Noite, em um bar em Porto alegre)

Meu nome é Alberto, eu sou um demônio, e da categoria mais baixa. Sim, eu sou um egun e me orgulho disso! Estou aqui nesse bar, aonde muitos demônios de diversas categorias se encontram para discutir seus feitos do mal, assim como seus fracassos também, utilizando-se,é claro, da canalização dos vivos embriagados do local, aproveitando assim a sensação de tomar uma cachacinha, ou uma cervejinha gelada, vinda da canalização dos nossos “hospedeiros” temporários. Dessa maneira eles são induzidos a beber mais e nós espíritos malignos ficamos bêbados com eles. Já que nós, espíritos baixos, não podemos ficar bêbados sem eles, então nós bebemos nos utilizando deles. Desde que morri e me tornei um demônio, sempre vi os demônios se aproveitarem dos vivos. Eu ouvi dizer que isso ocorre desde o nascimento do homem, desde a hora em que o homem cometeu seu primeiro pecado, cometeu seu primeiro adultério e tomou seu primeiro porre. Dizem que assim foi,e assim sempre será! (Egun Alberto)

-- Oi, Alberto! A “molecada” tá chegando pra mais um porre econtos devassos ra...! (Preto velho Rodolfo rindo)

-- Hoje promete,Rodolfo! O bar está cheio de vivos e espíritos baixos! (Egun Alberto)

-- É! Cheio de gado! Mu...! (Preto velho Rodolfo)

-- Alberto! Vem! (Exu Valmir chamando Alberto)

-- E aí, galera do mal! Tudo bem? (Egun Alberto chegando numa mesa com três demônios exuns, canalizando quatro vivos)

-- Tudo! (Quase todos os três demônios da mesa falando)

-- E aí, quem vai presidir a mesa hoje? (Egun Alberto)

-- Hoje é minha vez! (Preto velho Rodolfo chegando na mesa)

-- Um preto velho presidindo a mesa, isso é um clássico, já que também não fazem mais nada além de induzir as pessoas ao vício, então não tem muita historia pra contar, mas você ainda assim é um ótimo conselheiro, Rodolfo. (Egun Alberto)

-- Bem, Alberto, já que você é a categoria mais alta de demônio dessa mesa, então acredito que você deva começar.Vamos ver quem tem a história mais perversa da noite ra,ra,ra... (Preto velho Rodolfo)

-- É...! (Quase todos os quatro demônios na mesa)

-- Então lá vai! (Egun Alberto)



Parte 2
Os últimos dias de uma vadia

-- Essa foi uma das minhas viagens ao Rio de Janeiro, quando eu conheci um casal. Eles tinham um filho pequeno, cinco anos; eles eram felizes mas a mulher tinha um amante, essa impostora fez com que eu me aproximasse dela, e conforme eu ia me aproximando dela, seu comportamento ia mudando, assim como o aumento do numero de amantes: (Egun alberto)

-- Helena, você não para em casa! Chega sempre bêbada equase toda noite! Parece até que não tem mais família! (Marido de Helena)

-- Não enche o saco! Vai chupar um prego! (Helena)

-- Não! Vai você chupar um prego! (Marido de Helena)

-- Olha só, nós fizemos amor ontem à noite! Não “tava” bom? (Helena)


-- Não, Helena! Nós não fizemos amor ontem à noite! (Marido de Helena)

-- Então você chama aquilo de quê? De “trepa”? Ra,ra,ra...  (Helena rindo)

-- Sim! (Marido de Helena)

-- Quem “trepa” são os cachorros! As pessoas fazem amor,seu animal! (Helena)

--Isso porque na minha opinião você é uma vadia! Acha que eu não sei dos seus amigos! (Marido de Helena)

-- Pode até ser que eu seja uma vadia! E quer saber? Isso faz de você um tremendo corno! (Helena)

-- Então me diz, Helena! Você é uma boa ou uma má vadia! (Marido de Helena)

--Qual a diferença? Todas não são vadias? (Helena)

-- A diferença é que a boa vadia dá o rabo porque gosta, e a má vadia dá o rabo por dinheiro! (Marida de Helena)

-- Então lhe digo que eu era uma boa vadia, porque eu lhe chifrava com um só! Sem ser por dinheiro, depois eu me tornei uma vadia “menos boa”! Porque eu passei a dar pra todo mundo, e você passou a ser o corno da cidade (Helena rindo)

-- Helena! Eu quero o divórcio! (Marido de Helena)

-- Que se “foda”! (Helena)

-- Depois de algum tempo, Helena se divorciou do marido e ganhou a custódia do filho. Ela vivia da pensão do marido em um pequeno apartamento no Leblon. E foi lá que ela encontrou o seu destino, ou seja, eu! (Egun Alberto)

-- Ai! Eu não aguento mais essa solidão! Sem dinheiro pra nada, confinada em casa e destinada a ser dona do lar! (Helena Reclamando da vida)

-- Vagabunda! (Egun Alberto)

-- Quem ta aí? (Helena)

-- Cadela! (Egun Alberto)

-- Quem ta aí! (Helena apavorada)

-- Filho, você disse alguma coisa? (Helena)

-- Não, mamãe! (Filho de Helena assistindo televisão)

-- “Tô ficando maluca?” (Helena pensando)

-- Eu posso ler seus pensamentos, sua cachorra! (Egun Alberto)

-- Filho, você esta escutando alguma coisa? (Helena apavorada)

-- Não, mamãe! (Filho de Helena assistindo televisão)

-- Vou acabar com você, vadia! (Egun Alberto)

-- “O que está acontecendo! Será da minha cabeça?” (Helena pensando)

-- Então ela começou a procurar em toda parte do
apartamento, e como era de se esperar, ela não encontrou nada. (Egun Alberto)

-- Você tá bem, mamãe? (Filho de Helena)

-- Não sei querido! Não sei! (Helena apavorada)

-- Vou matar seu filho! (Egun Alberto)

-- Vai embora! Vai embora! (Helena Nervosa)

-- Mãe,o que tá acontecendo? (Filho de Helena chorando)

-- Não sei! (Helena Nervosa)

-- Foi quando ela foi até a cozinha que me veio a ideia de sugestioná-la a matar o próprio filho, ela olhava para objetos cortantes ou perfurantes como uma faca ou um garfo e sentia a necessidade de perfurar e cortar o moleque dela. (Egun Alberto)

-- Filho! Eu quero que você entre no seu quarto e feche a porta com tranca! (Helena)

-- Por que, mamãe? (Filho de Helena chorando)

-- Não discuta comigo! Vai! (Helena nervosa)

-- É nesse ponto que nós, eguns,  nos orgulhamos de nós mesmo. Nesse tempo todo ela foi obsidiada pra descobrir somente agora que tinha algo de errado na vida dela, ela agora está no ponto em que ela tem medo dela mesma, no ponto de ter medo de matar o próprio filho. Eu e qualquer outro egun no meu lugar tentaria o que eu tentei a seguir, tentar fazê-la matar o próprio filho ou induzi-la ao suicídio para que ela não mate o próprio filho. Sabe, são três os objetivos do Egun: induzir a pessoa a matar outras pessoas, para que ela se torne
egun ao morrer, induzir a pessoa ao suicídio, para que ela se torne um espírita suicida, ou, como premio de consolação,trancá-la num hospício. Mas como toda vítima de um egun, ela foi tentar dormir pra ver se melhorava no dia seguinte, pelo menos tentar, mal sabia ela que essa seria a noite mais
longa de sua vida. Correção, a primeira de muitas. (Egun Alberto)

-- Eu não quero! Eu não vou matar meu filho! (Helena nervosa e apavorada, deitada na cama do seu quarto tentando dormir)

-- Você vai, eu já mandei. (Egun Alberto, falando baixo cordialmente)

-- Sai daqui! Sai da minha cabeça! (Helena nervosa e apavorada)

-- Não quero. Eu gosto do seu ouvidinho, ele é tão doce. Mata ele, mata. (Egun Alberto, falando de maneira cordial e irônica)

-- Jesus Cristo! O que eu faço? (Helena, nervosa apavorada)

-- Mata ele. (Egun Alberto, falando de maneira cordial e irônica)

-- Vai embora! Sai da minha cabeça! (Helena apavorada)

-- Se não matar ele eu castigo você! (Egun Alberto nervoso)

-- Foi ai que os skydivers chegaram! Mas não adiantou muito, ela não tinha canal pra eles, tinha somente pra mim. (Egun Alberto)

-- É um “Egun”! O canal dela está forte demais para ele! Gabriel e o Cláudio estão segurando o “Egun” a dois metros de distância longe dela, e ela continua se comunicando com ele! Ela não tem canal pra nem um de nós, só para ele e bem forte! (Skydiver Ângela)

-- Ela desenvolveu mediunidade avançada há pouco tempo! Eu não sei o que fazer! (Anjo da guarda da moça nervoso e chorando)

-- Vou chamar skydivers locais, que podem ficar alguns dias de plantão com ela até ela procurar um centro espírita. (Skydiver Ângela)

-- Mas ela nem sabe o que está acontecendo com ela! (Anjo da guarda da moça chorando)

-- Nesse caso um psiquiatra já serve,por hora, até ela entender o que está acontecendo com ela. Antes que ela acabe matando o filho dela, que esta no outro quarto. Mas até lá os skydivers vão ficar de plantão, ela não pode ficar sem proteção
angelical. (Skydiver Ângela)

-- Entendi! (Anjo da Guarda de Helena parando de chorar)

-- O que é um Egun, Cláudio? (Gabriel segurando o demônio com o Cláudio)

-- É a pior espécie de demônio que se pode encontrar, vivem nos planos sem luz e só conseguem sair de lá através da canalização com os vivos. Geralmente induzem seus obsidiados a coisas terríveis, como o homicídio. (Skydiver Cláudio)

-- Nossa! Como essa moça canalizou isso? (Gabriel surpreso)

-- Não sei, mas tenho medo de descobrir. (Skydiver Cláudio)

-- Oi. Fomos informados do problema e viemos o mais rápido possível. (Um dos quatro skydivers locais)

-- Sei! Agora vocês assumam daqui por diante, fizemos o possível! (Skydiver Ângela)

-- Podem deixar! Assumimos daqui! (Um dos quatro skydivers locais vendo Ângela e os outros indo embora)

-- Houve esforços de todos os lados, do meu e do deles, mesmo eu não conseguindo alcançar meus principais objetivos com Helena, consegui levá-la para o hospício, onde ela está confinada até hoje. Fim da história. (Engun Alberto)



Parte 3
Bebendo com a besta 2

-- Mas foi bom, muito bom! (Quase todos os Demônios da mesa)

-- Sem dúvida, fazer a mãe sentir vontade de matar o próprio filho é um golpe de mestre, mas infelizmente o ser humano é forte, ela nunca iria aceitar uma sugestão dessas. (Exun Valmir)

-- Vocês não entenderam a beleza da história que nosso bom amigo Alberto contou. É verdade que a mãe dificilmente iria matar o próprio filho, pois essa sugestão estava longe da aceitação da mãe, mas a beleza foi que ela se sentiu tão mal consigo mesma e com medo dela mesma que pensou em se
matar e acabou enlouquecendo. (Preto velho Rodolfo)

-- É! A gente faz o que pode. (Egun Alberto)

-- Achei um bom trabalho, mas é uma pena que você não conseguiu alcançar seu objetivo. Eu embora seja um exun (um espírito baixo não tão mal), não fiquei longe de quase alcançar meu objetivo. Acho que posso ser o próximo a narrar uma história. (Exun Rogério, um dos quatro demônios na mesa)

-- Vamos ver, Rogério, manda a ver! (Preto velho Rodolfo)


Parte 4
Um pequeno incômodo

(ver Anjos em Ação I, parte IX- A onde foi esse porquinho e a chave da casinha)

-- Minha vítima era um executivo que vivia passando os outros para trás, ele acreditava nas leis de Gerson, e além disso,  vivia roubando muito dinheiro da empresa que trabalhava. Ele era jovem, bonito, vivia de terno gravata, tinha uma bela casa, um belo carro, belas mulheres e um belo escritório de vice presidente da empresa; enfim era um sujeito bem sucedido. Ele estava no escritório, era um dia ensolarado e muito bonito e...

-- Alô! (Executivo falando com sua secretária no telefone em seu escritório)

-- Senhor Paulo, só quero avisá-lo da reunião daqui a uma hora, como o senhor me pediu. (Secretária)

-- Tudo bem, Elaine, e obrigado. (Executivo desligando o telefone em seu escritório)

-- De repente, eu o faço enxergar um demônio em miniatura. Foi bem engraçado, ele tinha cinco centímetros de altura, e quando apareceu em cima da mesa, o executivo se borrou todo. (Exun Rogério)

-- Minha nossa! O que é isso? (Executivo apavorado, vendo um demônio em miniatura dançando em sua mesa)

-- Toma isso, seu escroto! (Demônio urinando no executivo que está sentado na cadeira)

-- “Merda”! Você urinou na minha calça! (Executivo pegando um maço de jornal enrolado e tentando matar o demônio em miniatura e errando)

-- La, laia, lala, executivo “babaca” ! Não me pega ra,ra,ra... (Demônio rindo e fugindo)

-- É claro que eu estava em seu ouvido o sugestionando, mas ele achava aquela visão muito real, inclusive o molhado da calça por causa da urina. Então ele tentou me encontrar no escritório revirando e bagunçando tudo: (Exun Rogério)

-- Eu vou lhe achar, sua pestinha! Cadê você? Apareça! (Executivo procurando o demônio)

De repente, a pequena criaturinha cai por cima dele, mordendo seu “traseiro.” (Exun Rogério)

--Au...! Desgraçado! (executivo com raiva)

-- “Bunda mole”! ra...! (Demônio rindo e fingindo se esconder)

-- Vem cá, seu demônio ridículo! (Executivo voltando a procurar o demônio, revirando novamente o escritório)

-- É claro que eu estava escondido, mas eu estava escondido em um lugar onde ele não iria me achar tão cedo, ou seja, na cabeça dele. (Exun Rogério)

-- Quem é? (Executivo escutando alguém bater na porta)

-- Sou eu, Elaine! (Secretária atrás da porta)

-- Pode entrar! (Executivo mais ou menos se arrumando)


-- Nossa! (Secretária espantada)

-- Bem! Essa bagunça é porque eu estava procurando umas coisas, sabe? Nada demais! (Executivo sem jeito)

-- Tudo bem! É... só vim avisá-lo de que está atrasado pra reunião. (Secretária sem jeito)

-- Ah, é! A reunião! Avisa o pessoal que já estou indo, Elaine!(Executivo)

-- Sim, senhor! (Secretária)

-- Na reunião foi um quadro! Ele tentava esconder a calça por acreditar que estava molhada de urina por causa do pequeno demônio, mas isso na cabeça dele, porque na verdade a calça não estava molhada. (Exun Rogério)

-- “Droga de calça!” Que foi! O que tá olhando? (Executivo pensando, e chamando a atenção de um colega em seu lado que o olhava)

-- Nada! Eu hein? (Colega do executivo)

-- Então o pequeno demônio passa correndo pela sala de reunião, o que o perturba mais ainda, mas é claro que só ele pode vê-lo. (Exun Rogério)

-- Você viu aquilo? (Executivo)

-- Do que tá falando? Eu não vi nada! (colega executivo)

-- Vocês dois, respeitem o colega que está apresentando uma nova proposta para essa empresa! Fui claro? (O presidente da empresa chamando a atenção do executivo e seu colega)

-- Sim, senhor! (Executivo e seu colega)

-- Muito obrigado! Que boa confusão você me arrumou! (Colega do executivo o repreendendo)

-- Mas a melhor parte foi em casa, quando ele chegou em casa acreditando que o aconchego do lar o libertaria do nosso ilustre amiguinho miniaturizado. Nisso, depois da janta ele foi
procurar um refúgio no sono, em sua bela cama de casal. Pelo menos tentar ra...! (Exun Rogério rindo)

-- Que sono. (Executivo tentando dormir)

-- Acorda, desgraçado! (Demônio chutando o executivo na cama)

-- Que “merda”! Você me seguiu até aqui? (Executivo acordando com o chute)

-- Ra,ra,ra homem “boboca” ! (Demônio rindo)

-- Vem cá, sua pestinha! Dessa vez nós estamos sozinhos! Agora somos eu e você! (Executivo se levantando da cama com raiva)

-- Dorme “poco” ra...! (Demônio rindo e fingindo se esconder)

-- Vem cá! (Executivo procurando o demônio pela casa)

-- Ele procurou o pequeno demônio pela aquela enorme casa de ponta cabeça e não o encontrou, então, muito cansado, foi novamente dormir. Pelo menos tentar ra...! (Exun Rogério rindo)

-- Droga! (Executivo tentando dormir)

-- Como dorme esse homem! (Demônio gritando no ouvido do executivo o acordando)


-- Seu maldito! Eu lhe mato! (Executivo levantando da cama novamente e indo atrás do demônio)

-- Dorme “poco” ! (Demônio se escondendo)

-- Então dessa vez ele foi mais esperto, ao invés de procurar pela casa toda, ele fechou a porta do quarto e somente procurou nele. Como não havia encontrado nada ele tentou voltar a dormir, mas dessa vez fui mais ousado, como ele dormia pelado eu o esperei começar a dormir para que nosso ilustre amiguinho pudesse aparecer, e nosso amiguinho entrou em seu ânus. (Exun Rogério)

-- Ai...! (Executivo com dor tentando puxar o demônio do seu ânus, e quando ele consegue o demônio escorrega de sua mão e escapa)

-- Vem cá, maldito! Eu lhe mato! (Executivo nervoso levantando da cama e correndo atrás do demônio)

-- Dorme “porco”! (Demônio correndo fingindo se enconder)

-- É claro, essa noite foi á primeira de muitas, logo o pobre homem parecia um zumbi no trabalho, sem falar que eu o incomodava no escritório também. Achavam que ele estava maluco, ele procurou um psiquiatra que o dopou com vários remédios, o que o deixou mais grogue ainda, e com o tempo ele perdeu seu emprego, suas mulheres, seu carro, sua beleza e é claro sua sanidade. Mas uma coisa ainda o restava, a casa, e eu tinha que tirá-la também. Mas me dei mal, o pior e mais inesperado pra mim aconteceu: (Exun Rogério)

-- Calma, “tetosa“, ainda falta a casa. (Exun Rogério)

-- Por que está fazendo isso com ele? (Anjo da guarda do pobre homem)

-- Vai ver, “tetosa“, é porque eu gosto! (Exun Rogério)

-- Isso não é motivo! (Anjo da guarda do pobre homem)

-- Mais é o único motivo que eu tenho, “tetosa”, sinto muito. (Exun Rogério)

-- Que Deus tenha piedade da sua alma miserável! Pois Deus não vai lhe salvar tão sedo! (Anjo da guarda do pobre homem)

-- Vai ver, “tetosa”, eu não quero ser salvo. (Exun Rogério)

-- Ai, meu Deus! Um suicida! (Anjo da guarda do pobre homem apavorada vendo Gabriel e Armando chegarem)

-- Ra,ra,ra... agora anjo da guarda, seu protegido está ferrado ra,ra,ra...( Exun Rogério rindo)

-- Calma, amor! Nós somos os mocinhos! (Gabriel)

-- Você fala? (Anjo da guarda do pobre homem)

-- Eu não somente falo como também canto e danço. (Gabriel)

-- Vai ver é uma bailarina. (Exun Rogério)

-- Ah! Ele também beija bem! (Espírito Armando)

-- Beija bem? (Anjo da guarda do pobre homem)

-- Esses dois, o suicida e o gorducho me torturaram a noite toda, me fazendo desistir de continuar com meu objetivo, acreditam nisso? (Exun Rogério)

-- Que “merda”! Se deu mal! (Quase todos os demônios da mesa)

-- Mas que porcaria! (quase todos os demônios da mesa)

-- Falta de sorte! (Exun Valmir)

-- Esse suicida! Eu conheço ele! Foi o mesmo que vi como skydiver, que tentou ajudar minha vítima a se desprender de mim com os outros skydivers, dessa mulher que eu tentava induzir a matar o filho. (Egun Alberto)

-- Que estranho,foi o mesmo que me deu uma surra com o gordo. Ele nem se portava com um suicida. (Exun Rogerio)

-- Pois é! Estranho mesmo! (Egun Alberto)


Parte 5
Bebendo com a besta 3

-- Não querendo mudar de assunto, mas é como eu falo,infernizar ainda é uma boa maneira de se acabar com a vida de um homem. Imaginem ele sendo acordado a noite inteira e só poder dormir à base de remédios? (Exun Rogério)

-- Tem razão, Rogério, tem razão. (Preto Velho)

-- Eu adorei! Nada mal pra um exu. (Egun Alberto)

-- Olhem ali! Aquele garoto vivo! (Exun Valmir)

-- O quê? O filho do dono do bar? O garoto que está servindo os nossos hospedeiros? (Preto velho Rodolfo)

-- Sim! Ele é médium, eu tô lendo os pensamentos dele! (Exu Valmir)

-- “Seus demônios desgraçados” (Filho do dono do bar pensando e olhando os demônios porque é médium)

-- ra...! legal! Ele não gosta da gente. (Exun Rogério rindo, lendo os pensamentos do garoto)

-- É, mas eu também não gosto dele ra,ra,ra...(Egun Alberto)

-- Alguém mais tem uma boa história pra contar? (Preto velho Rodolfo)

-- Eu tenho uma muito boa! (Exu Valmir)

-- Então nos conte! (Preto velho Rodolfo)


Parte 6
O filhinho da mamãe

-- Era uma vez...! (Exu Valmir sendo interrompido)

-- Era uma vez? O que isso? Uma  história da Branca de Neve? Ra,ra,ra... (Preto velho Rodolfo falando, mas quase todos os espíritos baixos da mesa rindo)

-- Tá bom! Minha vítima era um garoto de dezessete anos, ele havia perdido a mãe havia uns dois anos, ele também era um bom filho antes disso, mas depois se tornou rebelde e alcoólatra.Adorava musicas pesadas do tipo que falem sobre nós, ou seja, demônios. (Exu Valmir)

-- Seu filho é maluco! Passou a noite toda escutando aquelas músicas malucas, enchendo a cara e não deixou ninguém dormir! (Madrasta de Guilherme)

-- Eu sei, eu sei! Mas tenta ter paciência com ele, o garoto perdeu a mãe faz só dois anos! (Pai de Guilherme)

-- Acho que você deveria levá-lo ao médico! (Madrasta de Guilherme)

-- Não! Acho que isso é fase! (Pai de Guilherme)

-- Parte da sua rebeldia vinha da minha presença que o obsidiava cada vez mais, e quando ele fez dezenove anos ele reencontrou sua falecida mãe, mas não da forma que ele esperava. (Exu Valmir)

-- Droga! É meu primeiro semestre na faculdade e tenho tudo isso ainda pra estudar hoje! Mas acho que vou fazer uma pausa e bater “umazinha.” (Guilherme parando de estudar e se masturbando)

-- Guilherme! (Exu Valmir)

-- Quem está aí? (Guilherme apavorado, escutando uma voz o chamando sem calça e sujo de sêmen)

-- Guilherme! (Exun Valmir)

-- Pela última vez, quem está aí? (Guilherme apavorado, escutando uma voz o chamando sem calça e sujo de sêmen)

-- Sou eu! Mamãe! (Exu Guilherme)

-- Mamãe! É você? É a sua voz! Como isso é possível? (Guilherme sem jeito levantando a calça, todo sujo de sêmen)

-- Eu voltei dos mortos, eu não consegui ficar longe do meu filhinho preferido. Que saudades! (Exu Valmir)

-- Que bom, mamãe! (Guilherme terminado de levantar a calça todo sujo de sêmen, incluindo as mãos)

-- Mas esse segredinho só fica entre nós! Só você pode me ouvir. Se contar a alguém, irão pensar que meu filhinho é maluco, entendeu? Eu não quero isso! (Exu Valmir)

-- Sim, mamãe! (Guilherme sem jeito)

-- O que é isso na sua mão, meu filho? (Exu Valmir)

-- Não é nada não, mamãe! (Guilherme)

-- Acha que eu não sei! Seu pervertido! Vai lavar isso! Ai, se sua avó fosse viva! Você não iria pro mau caminho! Mas Deus é pai! E permitiu que eu voltasse pra lhe endireitar, meu filhinho. Apesar de tudo mamãe ama você! (Exu Valmir)

-- Sim, mamãe! (Guilherme lavando a mão)

-- E bota um pouco de clorofina pra desinfetar isso aí, seu porco! Nem parece meu filho! Não foi assim que mamãe lhe criou! (Exu Valmir)

-- Sim, mamãe! (Guilherme lavando a mão sem jeito)

-- Então toda vez que ele estava fazendo algo pessoal, lá ia a mãe dele, ou seja, eu dar algum palpite. (Exu Valmir)

-- Se limpa direito, meu filho! (Exu Valmir vendo Guilherme se limpando no vaso sanitário)

-- Sim, mamãe! (Guilherme sem jeito)

-- Sabe que eu quero seu bem, uma “bunda” suja pode dar brotoeja. (Exu Valmir)

-- Sim, mamãe! (Guilherme sem jeito)

-- Eu tô vendo que ainda tem um pedacinho de cocô, pega e tira com a mão mesmo. (Exu Valmir)

-- Tá bom, mamãe! (Guilherme sem jeito)

-- Também! Como ele ia dizer não pra mãe dele, e logo ele era meu escravo. Eu fiz ele se afastar dos amigos,alegando que não eram boa companhia pra ele, eu o proibi também de ter uma namorada, alegando que todas elas eram vadias. E logo ele estava sozinho e enlouquecendo. (Exu Valmir)

-- Eu não quero ver você com essa vadia! Entendeu? (Exu Valmir)

-- Mas eu gosto dela! (Guilherme)

-- Não interessa! Ela não serve! É uma vadia! (Guilherme)

-- Mas mãe! (Guilherme)

-- Se eu ver você com ela novamente, eu vou acabar com ela! (Exu Guilherme)

-- Sim, mamãe! (Guilherme chorando)

-- É pro seu bem, meu filho! Eu não quero ver você com qualquer uma! (Exu Valmir)

-- Toda vez que ele tentava se masturbar e pensar em alguma vadia da faculdade, eu deformava os pensamentos dele o fazendo imaginar uma mulher deformada ou fazia pensar em sua mãe sem falar na minha voz na cabeça dele o repreendendo.

-- Droga! (Guilherme tentando se masturbar pensando em uma amiga de faculdade, mas tendo seus pensamentos misturados com o do exu Valmir, e acabando por imaginar sua mãe fazendo amor com ela)

-- Esquece essa piranha safada do colégio, meu filho, deixa a mamãe lhe ensinar a fazer amor de verdade. (Exu Valmir)

-- Não, mamãe! (Guilherme)

-- Vem cá fazer amor gostoso com a mamãe, vem! (Exu Valmir)

-- Vai embora! (Guilherme)

-- A mamãe tá doidinha pra fazer um sexo selvagem com você meu filho, como eu fazia com o papai. (Exu Valmir)

-- Pára! Pára! (Guilherme com raiva)

-- Quando ele via um filme pornô, eu o fazia ter uma sensação de que um pênis estava entrando em sua boca na hora em que a mulher do filme estava fazendo sexo oral, e um pênis entrando em seu ânus quando a mulher estava fazendo sexo anal, e na hora do sexo vaginal durante o filme, eu o repreendia com lições de moral. (Exu Valmir)

-- Vai embora, mãe! (Guilherme tendo a sensação de que um pênis esta entrando em sua boca durante o filme pornô)

-- Não, meu filho! O que mamãe disse sobre essas moças de má reputação? Mamãe não vai deixar! (Exu Valmir)

-- Sai daqui! (Guilherme)

-- Por que não faz amor com a mamãe? É mais seguro, e mamãe tá precisada. (Exu Valmir)

-- Fora! (Guilherme)

Toda vez que ele pagava uma prostituta eu o fazia brochar, e dessa forma acabei com a sexualidade dele, eu fiz ele odiar a própria mãe. Então com o tempo, ele foi enlouquecendo e cortou o próprio pênis. Então acabou indo pro hospício, passando seus últimos dias numa cama sedado por remédios
psiquiátricos ra...! (Exu Valmir rindo)


Parte 7
Bebendo com a besta 4

-- Muito bom! Nada pode ser mais divertido do que
transformar a vida privada das pessoas em um pesadelo ra, ra, ra... (Exun Rogério rindo)

-- É isso aí! (Quase todos os espíritos baixos da mesa)

-- Mas o que é isso? (Egun Alberto)

-- O quê? (Exu Rogério)

-- A cerveja está com gosto de urina! (Egun Alberto)

-- É verdade! (Preto velho Rodolfo)

-- Ra...! (Filho do dono do bar passando pela mesa rindo)

-- Foi aquele maldito garoto que urinou na cerveja dos nossos hospedeiros! Filho da “puta”! Eu sabia! (Exu Valmir)

-- Que moleque danado!Maldito médium! (Egun Rogério)

-- Enquanto nossos hospedeiros bêbados não se dão conta que a cerveja esta com um gostinho estranho a mais, podemos ir para a próxima história. Isso se ninguém se importa, mesmo eu sendo somente um preto velho ou um zéfiro, como preferirem, tenho uma história pra contar. (Preto velho Rodolfo)

-- Manda ver, Rodolfo! (Exu Valmir)


Parte 8
Simplesmente gordo

Na minha opinião,  vocês perdem muito tempo e gastam muito esforço tentando fazer suas vítimas matarem alguém e se suicidarem. Pra que enfeitar tanto? Não existe nada pior e menos trabalhoso do que fazer nossas vítimas verem o lado mais monótono da vida. A monotonia e a solidão podem levar um homem à loucura.
 A minha vítima era um atleta aposentado, ele jogou futebol por muitos anos a nível profissional, mas devido a um acidente ele parou de jogar, e aos quarenta e cinco anos, graças às minhas sugestões, ele engordou de tanto comer porcaria e beber cerveja. Solteiro, bem carente e mulherengo fracassado, ele é um zero esquerda com as moças, além de não ter uma aparência agradável e parecer um barril de chope, ele não é muito bem sucedido no seu ofício como auxiliar de escritório. Seus amigos o tiram pra bobo, ele se sente muito sozinho em seu pequeno apartamento. Eu o sugestionava a beber e comer o tempo todo, o que o engordava ainda mais. Ele gastava parte do salário com garotas de programas em casas noturnas, pois no caso dele só pagando. Definitivamente ele era um filho que só uma mãe pode amar. Um belo dia, cansado da vida, ele se suicidou, pois segundo ele, não aguentava mais a solidão. Deu! Simples! Sem a necessidade de inventar planos mirabolantes que levam nossas vítimas a irem pros hospícios, livrando-as do homicídio e do suicídio. Eu fui mais longe que vocês fazendo menos. (Preto velho Rodolfo)

-- Realmente foi uma façanha, Rodolfo. (Egun Alberto)

-- Matou o cara aos poucos! Brilhante! (Exu Valmir)

-- O que tá estragando é esse cerveja com gosto de xixi, que “bosta”! (Exun Rogério)

-- Ra,ra,ra... (quase todos os demônios da mesa rindo)


Parte 9
Do jeitinho que o cliente gosta


-- Olá, rapazes! (Egun Fabio chegando)

-- Olá, Fábio! Está atrasado! (Exu Rogério)

-- É! Já perdeu a quase toda a festa! (Egun Alberto)

-- Me desculpem, amigos, é que eu estava terminando meu último serviço, o que provavelmente será a melhor história dessa noite. (Egun Fábio)

-- Por favor! Nos conte! (Preto velho Rodolfo)

-- Minha história é sobre uma prostituta lésbica que odiava homens, mas precisava do dinheiro pra sustentar a mãe que era muito doente e tomava remédios muito caros, as duas moravam juntas. Ela tinha trinta anos e apesar de odiar os homens, e mais ainda de fazer sexo com eles, ela era uma
excelente prostituta e muito bonita também, por isso seus clientes a solicitavam muito. Não preciso dizer que ela era muito infeliz por causa do seu oficio, mas também pela sua mãe, que a odiava. Existiam, entretanto, clientes que ela odiava muito por terem preferências sexuais muito contrárias às dela, mas pagavam bem. Sua raiva pelo seu serviço, pelos seus clientes e até mesmo pela própria mãe me atraiu e favoreceu minha aproximação oculta. (Egun Fabio)

-- Já vai sair de novo, vagabunda? (Mãe)

-- Tenho que trabalhar, mãe! Alguém tem que comprar os seus remédios! (Prostituta)

-- Se ao menos não fosse uma lésbica e tivesse se casado com um bom homem você não precisaria passar por isso! (Mãe)

--Sinto muito, mãe, pelas minhas preferências sexuais estragarem seu futuro! (Prostituta)

-- Sua vadia! Você desonra seu pai, que descansa em paz! (Mãe)

-- Não mãe! Meu pai me amava! Diferentemente de você é claro!(Prostituta saindo e batendo a porta na cara da própria mãe)

-- Vagabunda...! (Mãe falando sozinha no apartamento)

-- Ela iria atender a um chamado de um de seus mais odiáveis clientes, aquele que gostava de brincar de garganta profunda, e sem camisinha, é claro. (Egun Fabio)

-- Primeiro os negócios! Depois o prazer! (Prostituta)

-- Aqui está, sua vaca peituda! Agora engole isso! Quero gozar na sua garganta! (um dos Clientes)

-- Como quiser, amor...! (Prostituta)

-- Depois de um duro dia de trabalho, sem poder respirar muito, engasgando bastante e com um gosto desagradável de leite de “potro” na boca, ela volta pra casa, toma um banho e antes de dormir, ela tenta beijar a sua mãe, que já esta no quinto sono, mas se lembra que esta exalando um peculiar
cheiro masculino que vem de sua boca, e então desiste de beijá-la. No dia seguinte na hora do almoço ela e sua mãe assistem ao noticiário do meio dia, e as últimas notícias não poderiam ser piores, pelo menos pra ela. (Egun Fabio)

-- Um homem foi encontrado morto com o próprio pênis na boca em sua cama. A polícia investiga quem poderia ser o suposto assassino, não se descarta a hipótese de homicídio passional. (Noticiário)

-- Ela mal podia acreditar no que acabara de ouvir na televisão, ele era seu cliente de ontem à noite e provavelmente as chances dela tê-lo visto pela última vez naquela noite eram reais. (Egun Fabio)

-- Meu Deus! (Prostituta pasma)

-- Ela tinha a absoluta certeza que não havia matado o seu tão dispersivo cliente por uma razão muito boa, ela não se lembrava disso. Mal sabia ela o que estava realmente acontecendo. No entanto durante a noite ela recebe mais um chamado de um de seus clientes pervertidos. (Egun Fabio)

-- Sim! Daqui a meia hora estou chegando aí! (prostituta desligando o celular)

-- Já vai sair de novo, sua vagabunda lésbica. Vai arrumar um homem ou um emprego decente! (Mãe)

-- Mãe, prefere um asilo? (Prostituta)

-- Prefiro, sua “puta”! (Mãe)

-- Sinto muito, mãe, mas eu não tenho dinheiro para pagar um. (Prostituta)

-- Então por que me perguntou, sua vaca! (Mãe)

-- Pra ter certeza de que você não me amava! (Prostituta)

-- “Putas” só são amadas por uma noite, mas infelizmente eu tenho que passar todas com você! (Mãe)

-- É mãe! Infelizmente você vai ter que passar seus últimos dias com a filha mais odiada do planeta nessa espelunca! Sinto muito! (Prostituta saindo e batendo a porta)

-- Cachorra! Mamãe lhe odeia...! (Mãe falando sozinha)

-- Ao chegar na casa de seu cliente, ele abre a porta, era um homem grande, gordo, feio e rico. (Egun Fabio)

-- Entra, vadia! Hoje vou comer o seu rabo! (Um dos clientes)

-- Negócios primeiro e prazeres depois. (Prostituta)

-- Toma aqui, cadela! (um dos clientes pagando)

-- Então depois de uma noite dando prazer e recebendo castigo no seu já judiado “bumbum”, ela chega em casa mancando, e por um minuto pensa em ir até o quarto dar um beijo em sua mãe, pois como todo ser humano solitário, ela também quer ser amada embora não seja, mas então pensa que o quarto de sua mãe é longe e o dela perto, e sem forças para ir até o quarto da mãe, ela então opta por ir ao seu, deitando em sua cama e apagando. No dia seguinte ela descobre através dos noticiários locais que sua infeliz e patética vida acabara se tornando um pesadelo. (Egun Fábio)

-- Mais um homicídio hediondo, homem é encontrado morto com uma estátua de 40 centímetros enterrada em seu ânus. Peritos da polícia acreditam que possa ter sido o mesmo
assassino da última noite, e que um maníaco possa estar a solta. (Noticiário)

-- Então, em pânico e sem saber o que pensar e muito menos o que fazer, ela corre pro banheiro, se tranca e começa chorar de medo e tristeza. (Egun Fabio)

-- Meu Deus! O que tá acontecendo? Ele estava bem ontem à noite! Quem poderia ter feito isso? (Prostituta, chorando e apavorada)

-- Ela mal podia acreditar no que estava havendo. Seus dois últimos clientes da noite passada estavam mortos, e ela talvez fora a última pessoa a vê-los. O que fazer? No entanto ela precisava do dinheiro, o fim do mês estava chegando e a sua tão odiada mãe precisa dos remédios, não há como parar de trabalhar. Portanto nessa mesma noite mais um chamado é feito, e a tão sofrida moça, mesmo mancando por causa da noite passada, vai ao encontro do seu cliente. (Egun Fabio)

-- Tô saindo, mãe! (Prostituta)

-- Vai pro inferno! (Mãe)

-- Tchau pra você também, mãe. (Prostituta saindo)

-- Então ela finalmente chega a um luxuoso apartamento de cobertura, e quando ela toca a campainha quem abre a porta é um homem bem alto, sarado e vestido de cowboy, com direito
a chapéu de couro e tudo mais que um cowboy pode ter.Menos um cavalo, pelo menos por em quanto. (Egun Fabio)

-- Oi, vaquinha! Mu...! Entra aí! (Mais um cliente)

-- O dinheiro primeiro, senhor. (Prostituta)

-- Aqui está. Agora entra que eu quero galopar um pouquinho. (Mais um cliente)

-- Então, depois de uma noite dura de trabalho, ela esta morta de cansada. Enquanto espera o táxi, fica pensando que a criatividade dos homens não tem limites, assim como suas perversidades, e tudo que ela pode se lembrar e daquele cowboy em cima de suas costas, com um chapéu na mão, batendo em
suas nádegas com um cinto e gritando “iaru Silver...!” E mesmo servindo de cavalinho, mas que mais parecia uma Jersey leiteira, para aquele cowboy sarado de um metro e noventa de altura e apanhando nas nádegas a noite toda, ela chega em
casa e num último ato de bravura, no limiar do esgotamento, deixa o café de sua odiável mãe pronto pro dia seguinte, e depois, é claro, passa uma pomada em suas nádegas vermelhas de cinta e deita com cuidado em sua cama, por causa da sua coluna castigada de tanto ser galopada como uma eqüina e dorme. Porém, no dia seguinte, vem mais uma notícia aterradora para se somar a sua tão infeliz vida. (Egun Fabio)

-- Mais um homem foi encontrado morto em sua cama ontem à noite. A polícia acredita que pode ter sido o maníaco do sexo, como vem sendo chamado o assassino em série que vem provocado essa onda de homicídios durante essa semana. O homem foi encontrado pelado em sua cama, com chapéu de cowboy no rosto e com hematomas pelo corpo todo.
(Noticiário)

-- Meu Deus! Isso não pode estar acontecendo comigo! (Prostituta chorando em pânico)

-- Eu vivo me dizendo isso faz anos! Uma coluna que não para de doer, diabete, hemorróidas, osteoporose que me deixou nessa cadeira de rodas, pra completar tenho uma filha que une o inútil ao desagradável, uma lésbica que consegue ser uma prostituta. Meu deus! Isso não pode estar acontecendo comigo! (Mãe sendo irônica)

-- Então ao invés de atender mais chamados de clientes em seu celular, ela desliga o mesmo e por depressão, cansaço e medo deita e dorme a tarde e quase a noite toda. Quando ela acorda, tem a maior surpresa da sua vida, uma surpresa que celaria a sua vida para sempre, ou seja, eu. (Egun Fabio)

-- “Droga, dormi até agora” (Prostituta acordando e
pensando)

-- Boa noite, bela adormecida! (Egun Fabio se materializando para prostituta ao lado de sua cama)

-- Quem é você? Um fantasma? (Prostituta pasma)

-- Na verdade eu sou o diabo, e talvez o motivo dos seus problemas, acho que temos muito o que conversar. (Egun Fabio)

-- Fale! O que está acontecendo, criatura dos infernos! (Prostituta nervosa e com raiva)

-- Hmm! Sinto um certo grau de hostilidade em suas palavras, mas na verdade quem me chamou aqui foi você. (Egun Fabio)

-- Como? (Prostituta)

-- Na verdade é por causa da sua ira que estou aqui. (Egun Fabio)

-- Não entendo. (Prostituta)

-- Veja bem, você sabe quem matou seus clientes, não sabe? (Egun Fabio)

-- Você? (Prostituta)

-- Não necessariamente. Mesmo que eu quisesse, eu não poderia fazer isso sozinho, eu dependeria do livre arbítrio de um ser humano. (Egun Fabio)

-- De quem? (Prostituta)

-- Pense no ódio que você tinha pelos seus clientes, sua vida e sua mãe e você vai encontrar a resposta. (Egun Fabio)

-- Eu não odeio minha própria mãe! (Prostituta)

-- Será mesmo? Então vá até a sala e pense duas vezes se a odeia ou não. (Egun Fabio vendo a prostituta correndo a até a sala)

-- Meu Deus! (Prostituta em pânico vendo sua mãe
estrangulada com a língua pra fora na cadeira de rodas)

-- E aí? Você a odeia? (Egun Fabio se materializando ao lado da prostituta)

-- Quem fez isso? (Prostituta)

-- Acho que sabe a resposta, mas mesmo assim vou ajudá-la a se lembrar direito. Considere isso como um favor. (Egun Fabio)

-- Fui eu! (Prostituta se lembrando de ter matado todos que ela odiava)

-- Que bom que lembrou, então está resolvido o problema. (Egun Fabio)

-- Mas a culpa é sua! Você me obrigou a fazer isso!
(Prostituta com raiva)

-- Minha culpa? Você queria matá-los! Você queria acabar com todos aqueles que faziam você sofrer! Só tinha medo de sentir culpa! E a culpa é um saco de tijolos nas costas, e pesa muito, eu sei...eu entendo, e por isso fiquei ao seu lado, lhe
ajudei a se livrar da culpa, desse saco de tijolos. Então a única coisa que fiz foi fazer você liberar sua ira e se esquecer de tudo. Portanto não me culpe!   Agora você é livre! Graças a mim! (Egun Fábio)

-- Então de repente a polícia apareceu e foi aquela loucura. (Egun Fabio)

-- Abre a porta! É a policia! Se não abrir vamos arrombar! (Polícia)

-- O que eu faço agora? (Prostituta)

-- Se viver você sofrerá muito nas mãos de Deus, para pagar pelo que fez, como se fosse um castigo. Mas se vir comigo,você será livre e muito feliz. (Egun Fabio)

-- Abre a porta, é a polícia! (Polícia batendo na porta)

-- O que eu faço? (Prostituta)

-- O que você faz? Você se dá! Olhe aquela varanda e saberá o que fazer. (Egun Fabio)

-- Então ela vai até a varanda e olha pra baixo, pensando na sua vida como ela é e se realmente ela tinha uma chance de ser feliz. (Egun Fabio)

-- Abre a porta, é a polícia! (Polícia tentando arrombar a porta)

-- Pule! (Egun Fabio)

-- E finalmente ela abre os braços e pula! Pula rumo às trevas! (Egun Fabio)

-- Deus, o que houve aqui! (Um policial entrando)

-- Santo Deus! Era ela mesmo! (Outro policial entrando)


Parte 10
Bebendo com a besta 5

-- Então o Egun Fabio vai levar o prêmio de melhor déspota, nota dez. (Preto velho Rodolfo)

-- E em segundo? (Egun Alberto)

-- Fico na dúvida, o feito do exun Valmir é a mais cruel, mas o feito do exu Rogério é mais cômico. (Preto velho Rodolfo)
-- Acho que o exu Valmir deveria ganhar o prêmio de melhor comédia romântica, a mãe e o filho, ra,ra,ra... foi boa. (Egun Rogério)

-- Nove para os dois, acho uma boa nota. (Preto velho Rodolfo)

-- Eu acredito que oito para o feito do Egun Alberto. (Exu Alberto)

-- Não é justo! Os eguns ficam sempre com as melhores notas. (Egun Alberto)

-- Ele tem razão! Ele fez com que a mãe quase matasse o próprio filho. Vou dar nove e meio pra ele. (Preto velho Rodolfo)

-- Então está feito! Agora vamos tomar nossa cerveja com xixi e dar o fora daqui.Temos que procurar mais vítimas para contar mais histórias. (Egun Alberto)

-- Ra,ra,ra... (Todos os demônios da mesa riem)

-- Olá! (prostituta morta)

-- Quem é você? (Egun Alberto)

-- Ela é a vadia da história que contei agora. Como está? Tá gostando de ser uma de nós? (Egun Fabio)

-- É bom tirar férias com satã depois de uma vida tão estressante, eu recomendo. (prostituta morta)

-- O coração de satã é que nem um coração de mãe, sempre cabe mais um. Seja bem-vinda, nova ninfa do inferno. (Exu Rodolfo)






Um comentário:

  1. A VERSÃO IMPRESSA DESSE LIVROS ESTÁ DISPONÍVEL EM
    https://agbook.com.br/book/205910--Anjos_em_acao

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